31.1.07

Num semáforo qualquer (ou então não)

A rapariga sai da arcada sem hesitar e atravessa a rua vazia. Chove torrencialmente mas o facto apenas é registado como estado do tempo e não serve para paragens ou abrigos. Na mão uma chave e umas moedas que são metidas num parquimetro, sem pressas. Um homem passa, debaixo de um guarda chuva, quase pára, continua a andar a olhar para trás. A rapariga tira um papel da máquina e começa a descer uma rua, velocidade de cruzeiro, como se o dia fosse completamente azul. A acrescer ao facto chuva torrencial regista outro, mais curioso: as gotas da chuva não lhe caem em cima. Não há uma única gota no cabelo, na cara, no casaco. E, no entanto, a chuva continua a toda a volta, baldes de água por todo o lado; menos sobre ela. Estou imune à chuva, ri-se ela. E quando olha para cima, sorriso aberto, apanha uma molha de todo o tamanho. Bem feita, ri-se ainda mais. Para não me armar em parva, a achar que nem a chuva me toca, em dias assim. Corre então, abre o carro, atira-se lá para dentro, encharcada. Encosta-se, passa a mão pelo cabelo e decide, claro, não será sobre o que me trouxe assim, mas será sobre a chuva que não me tocou.

Com tanto label

e já me esquecia outra vez disto!
Então eu dei uma entrevista na rádio, olé! Ah pois! Anda aqui um gajo a debitar toneladas e toneladas de palavras anos a fio (muito melhores que muitas das que um gajo lê, mas eu lá sou de andar a dizer que não valho nada? Devem estar a brincar comigo!) e raspas de rádio! Tá mal, pá!

Pois então, sigo para a segunda vida e olécas, é o sucesso, a fama, a entrevista na rádio! Ora como eu sei que os meus leitores aqui do tasco gostam muito de mim e, uma vez por outra, até clicam ali no link mas saem da coisa género isto é chinês e ela passou-se, aqui fica então o

link para a entrevista, olé!

com os meus agradecimentos ao Pedro Carvalho, do JornalismoPortoRádio.

(é só cinco minutos ou isso, aguenta-se bem...)

Só mais um, só mais um!

temos mais labels mesmo mesmo a sair!

No post, we are labels!

olhó belo label!

nem é preciso post!

30.1.07

"Com o Rei na Barriga"

É o blog da minha amiga Ana. Tem coisas giríssimas e apareceu na revista do Expresso do fim de semana passado.
A Ana merece. (beijos, minha amiga e vai costurar em vez de estares na net!)

Agora já não é sobre formigas

mas sim sobre moscas e mosquitos. À atenção do espumante, mas agradecemos outras sugestões. A pedido da tasques, aqui.

Vários posts atrasados

Seguem dentro de momentos. Este é um aviso perfeitamente inútil, já que só será lido depois, mas enfim...

SL? Não, conversa séria mesmo

No Get a Second Life, capitalismo, comunismo, sistemas, sociedade, os melhores comentários de toda a blogosfera, numa discussão a sério entre o António Costa Amaral (Gath Forager) e o Miguel Caetano.

26.1.07

Tá frio!!!!!!!!!!!!!

4 graus. 4 graus. 4 graus.

Isto assim não se aguenta!

25.1.07

Um texto pela alma abaixo

De vez em quando - muito de vez em quando - lemos qualquer coisa que nos cai pela alma abaixo, com um bico afiado. Ficamos assombrados, deslumbrados, cortados ao meio.

Há textos belíssimos que relemos até à exaustão. É o caso deste xxx-rated, da Clara, do Conto de Fuga.

23.1.07

As formigas bêbedas

Nunca imaginei ver mas é a mais pura das verdades.

Do princípio: tenho uma invasão de formigas. Vivem atrás de uma torneira de chuveiro e passeiam-se pelas redondezas até irem passear para o esgoto, num dos meus acessos de fúria e muita água. Não é que me aborreçam por aí além, mas chateia-me. Chateia-me ter bicharada em casa. Já bem basta o peixe novo (há um peixe novo, não tem nome mas há quem lhe chame Nemo, veio primeiro no trenó do Pai Natal e depois numa garrafão de água de cinco litros com furos na tampa - aliás passou ali uma semana até eu ter tempo para o mudar para o aquário, mas isto é um post sobre formigas e ainda me falta falar sobre) os peixinhos (é sempre peixe, a coisa, até as formigas nadam) de prata dos livros, agora tenho estas tais formigas de torneira.

Eu já meti tudo o que se imagine ali, produtos próprios, caixinhas de veneno, desinfectante, mas não há nada que mate aquelas cabras, formigas, digo. Ou melhor: tudo mata, mas o formigueiro deve ser grande e a praga não acaba.

Hoje, em desespero de causa, despejei em cima um frasco de álcool. Era o que havia à mão.

A primeira vez que fui espreitar, parecia dar resultado, eram dúzias de cadáveres de formigas.

Agora fui lá: estão filas de formigas todas tortas, aos SSS's pela parede...

(sms) [vernáculo] estou em estado de choque, apagaste os meus comentários! [mais vernáculo]

Perestrelo: guarda os teus comentos, que eu vou apagá-los outra vez. Tens cinco minutos!

adenda; és uma melga, pá! Que trabalheira que me dás, desanda!


Prometo que é a última vez que escrevo a palavra "aspirador"

Continuo traumatizada. Sofro de vítimo-consumismo de demonstrações de electrodomésticos-maravilha. Levo secas monumentais e, no fim, em vez de correr a vendedora a pontapés, ainda fico a remoer a coisa.
O cabrão (*) do aspirador está-me aqui atravessado. Caramba, aquilo limpava tudo e mais um par de botas. A única coisa que realmente me demoveu foi pensar que agora, nos próximos tempos, não é preciso limpar mais nada em casa, desapareceu-se-me o pó todo (tinha tanta estima nele!). Um gajo até fica sem ar, com tanta pureza.

Mas era um bom aspirador, lá isso era...daqui a uns meses, sou capaz de lhe telefonar outra vez. Falhou-me ali um tapete...

(*) toda a razão: não precisava de ter escrito cabrão mas apeteceu-me; sim, sou como os miúdos e...?

21.1.07



(imagem daqui)

Adiante

Uma consideração ou duas

Depois de ter conseguido parar de exclamar "hã?" e de ido ter lido mais um post ou meia dúzia, extremamente preocupada com o desaparecimento súbito do meu sentido de humor, fui meter os pratos na máquina e fiquei a matutar na coisa.
Ora bem. O meu sentido de humor não desapareceu, até porque nem sequer fui comida por parva, já que ando a leste e este blog não é para divulgação noticiosa de factos apurados ou por apurar, donde é qualquer outra coisa. E esse qualquer coisa é muito simples: todos nós estamos fartos de assistir a brincadeiras destas; um tipo usa os outros, faz com que façam figura de urso e a seguir, quando se ofendem, acusa-os de falta de sentido de humor. Claro que os palhaços, um bocado irritados de terem sido usados, mas não querendo perder a face, escolhem essa saída mais airosa e riem-se muito, pois é, foi giro, pá! Faz mais vezes! até porque a história não é proveniente do blogger desconhecido da esquina e sim de uma pessoa que é alguém na blogsfera e fora dela; e a rapaziada tem sempre um bocado a tendência para baixar as calças.

A mim, sinceramente, custa-me um bocado. Poderia ser um tipo qualquer que eu não gostasse, era mais fácil. Agora, quando pessoas que achamos normais e sérias nos desiludem, Luis Carmelo, lamento. É que lamento mesmo.

Peraí!

A ver se eu percebi bem, Rui. O Luís Carmelo inventou uma história de um rapto de uma jornalista, divulgou a notícia como verídica e a coisa espalhou-se pela blogosfera? E afinal não passava de um golpe publicitário para vender um livro?


Sem comentários...(tou parva, palavra de honra)


20.1.07

Vizinhos ponto net

Com o meu atraso do costume, claro que ainda não disse nada aos meus vizinhos ponto net. Andamos de servidor em servidor há anos, blogger, weblog, wordpress, mais umas quantas experiências.
Agora parece-me que o Carlos Alves, o Rui MCB e o Leonel Vicente finalmente chegaram a bom porto. Em ponto net.

Ideias Soltas, do Carlos

Adufe 4.0, do Rui

Memória Virtual, do Leonel

Limpezas

Apaguei um blog. Um blog inteirinho, olé! Todinho, de uma ponta à outra, ahhhhhhhhh que booooooooooommmmmmmmmmmmmmmmm! Sabe mesmo bem, isto! Nem olhei para ele, trau, 88 postais desde 2003. Pois é, provavelmente alguns dos meus melhores postais, mas que se fod...(só posso dizer escrever um palavrão por semana, estou de dieta) lixe. Isto foi a melhor coisa que eu fiz (bloguisticamente falando) nos últimos tempos.
Que alívio! :)))))))))))))))))))

ó xacaver o que acontece no new blogger

plink!

(tudo na mesma, menos mal)

19.1.07

Post salada

(tenho que comprar pilhas)
Todos os dias o blogger me diz que tem um novo blog para mim na versão new blogger e todos os dias eu olho para a coisa e penso, ná, não estou para isso. Já tive a minha dose de templates, de sistemas, a guerra com o wp chega-me e sobra-me, um gajo

um gajo que já nem um foda-se no próprio blog, foda-se!

como eu

(um gajo como eu não é um gajo: é uma menina. Ainda bem que sou mesmo!)

como eu, dizia, que vê anões de capacete transparente e armados com mega-hiper-lasers aos saltos nos rodapés e por trás dos quadros, não pode estar preocupado com versões beta (eu nem gosto do blogger), não pode, nem está. Quando for tudo abaixo, logo se vê.

(aquela juíza a mim causa-me vómitos e ainda hoje me apanhei a pensar, com uma coisa e outra e, de repente, nas misérias e desgraças do mundo, mais valia deixá-lo mesmo às baratas de vez e esperar que a próxima humanidade fosse mais humana e menos merdosa)

15.1.07

Hum...

...
amanhã é dia de aspirador. Não sabia como começar este post e entretanto bateu-me essa alegre notícia. A bem dizer nem sabia (quase nunca sei) o que ia escrever (e acaba por ser sempre uma nadice) mas depois acertou-me mesmo em cheio, o aspirador.

Um gajo de vez em quando leva uma marretadas nos cornos (agora já não estou a falar de aspiradores) que até anda de lado. Caneco. É como se andasse pelo meio de...carrinhos de choque, carrinhos de choque, é isso! Um gajo a pé no meio dos carrinhos de choque e sempre a desviar-se, a desviar-se? Nem isso, é como se os carrinhos nem ali estivessem e de tal forma não os vemos, que nunca sequer nos tocam e é giro, tem graça, é descomplicado, é encolhe os ombros, é eu nem me apetece sequer andar de carrinho de choque, eu nem sou de andar de carrinho de choque! Para que me hei-de preocupar com isso.

E depois, uma coisa estranhíssima, chove um carrinho de choque. Palavra. Chove um carrinho de choque em cima, um chapadão daqueles que nos vira, que isto um gajo não tá preparado, pá. Não tá mesmo. Um carrinho de choque tá ali, trau e

um gajo pensa, nem cinto de segurança, nem capacete, estou aqui descalça nem sapatos sequer (não me organizo muito bem a guiar descalça) e acha que a melhor ideia do mundo é saltar para dentro do carrinho de choque que entretanto arranca a mega-hiper-velocidade e

e depois não sei. E o melhor de tudo: não quero saber. :)

14.1.07

7.1.07

neranadisto

Porque é que o blogger tem dois sítios um abaixo do outro para clicar create new post?
Perdi as vírgulas, ainda bem que não foram os sapatos, olha afinal aqui estão elas, nas pontas automática dos meus dedos, estava a pensar

pronto escrevo "estava a pensar" e paro de escrever. Estou mesmo monotasking

escrever sem pensar tem mais piada mas um gajo não pode. Quer dizer, poder pode, pode tudo, pode escrever tudo, mas




(fui dormir, já acabou o post)

5.1.07

De sinapses e anões atrás das orelhas

Imaginas que abres um cérebro a meio e espreitas lá para dentro. Não é o cérebro de massa e sangue e coisas um bocado nojentas, é o outro. O que está por dentro desse, a passar por esses pedaços de ossos e tecidos. O outro, o que tem fios e ligações e milhões de caixinhas, umas fechadas, outras abertas, um emaranhado aparentemente sem lógica. Percebes uma parte, vagamente talvez, sem realmente entender o sentido de toda aquela confusão desgraçada, reconheces algumas partes, são iguais em toda a gente, outras - se calhar - sabes que são iguais às tuas. Mas o todo, o ainda outro cérebro que fica por baixo desse, onde só existem impulsos electricos, esse, falta-te um fio condutor, uma ponta que pode ser "densa em demasia" (olha, que giro, saltou agora um anão do meu ombro, a acenar esta bandeirinha!), desatas a rir e percebes.
Percebes?

4.1.07

Século quê?

Um dia destes, em minha casa, terei o prazer de receber uma demonstração de um aspirador. Eu não quero aquilo, não me interessa nada, mas uma amiga que comprou um indicou o meu nome (depois de me perguntar e eu, tudo bem, venha lá a rapariga mostrar o aspirador, ainda me limpa uns tapetes).

Ao telefone, a combinar o dia.

- Então e agora, desculpe perguntar, a Sôdona Catarina é divorciada?
- Não.
- Ah não? Mas eu tinha aqui uma indicação...então é casada?
- Não.
- Ah mas tem um filho...
- Sou mãe solteira.
- Ah! Prontesh, não tem problema nenhum
(era só o que me faltava, ter problemas com um aspirador por causa disso, pensei eu)
- mas é que se vivesse em união de facto
- ...
- não vive, pois não?
- Não.
- Pois é que se vivesse, eu ia pedir-lhe para o seu (e aqui um silêncio), o seu (outro silêncio), bem, o senhor da casa estivesse presente na demonstração.
- ...
- ... então fica para dia tal.

Palavra de honra. Ainda estou a pensar se ouvi bem: o senhor da casa ter que estar presente para eu ver um aspirador. Para quê? Para me autorizar a comprá-lo???

 
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