4.1.07

Século quê?

Um dia destes, em minha casa, terei o prazer de receber uma demonstração de um aspirador. Eu não quero aquilo, não me interessa nada, mas uma amiga que comprou um indicou o meu nome (depois de me perguntar e eu, tudo bem, venha lá a rapariga mostrar o aspirador, ainda me limpa uns tapetes).

Ao telefone, a combinar o dia.

- Então e agora, desculpe perguntar, a Sôdona Catarina é divorciada?
- Não.
- Ah não? Mas eu tinha aqui uma indicação...então é casada?
- Não.
- Ah mas tem um filho...
- Sou mãe solteira.
- Ah! Prontesh, não tem problema nenhum
(era só o que me faltava, ter problemas com um aspirador por causa disso, pensei eu)
- mas é que se vivesse em união de facto
- ...
- não vive, pois não?
- Não.
- Pois é que se vivesse, eu ia pedir-lhe para o seu (e aqui um silêncio), o seu (outro silêncio), bem, o senhor da casa estivesse presente na demonstração.
- ...
- ... então fica para dia tal.

Palavra de honra. Ainda estou a pensar se ouvi bem: o senhor da casa ter que estar presente para eu ver um aspirador. Para quê? Para me autorizar a comprá-lo???

 
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